Os avanços no diagnóstico, no tratamento e as campanhas de esclarecimento ajudaram a reduzir pela metade o número de mortes desde 2015
No mundo há 36,7 milhões de pessoas vivendo com o vírus HIV e mais da metade delas (53%) está em tratamento. A boa notícia é que, em decorrência das medidas tomadas em relação ao diagnóstico, tratamento e controle da carga viral, a partir de 2005 as mortes caíram pela metade. Os dados são do Unaids (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV e Aids).
O Brasil é responsável por 49% das novas infecções. São mais de 40 mil novos casos por ano (48 mil em 2016) ou um caso a cada 15 minutos. Estima-se que 112 mil pessoas tem o vírus HIV e não sabem. Esse último dado demonstra a importância de as pessoas fazerem o diagnóstico sempre que passarem por situações de risco, como sexo sem proteção.
Quanto antes a pessoa descobrir ser portadora do HIV, mais chances de sucesso terá o tratamento. Por outro lado, 260 mil pessoas sabem que têm o vírus mas não estão fazendo o tratamento correspondente. Enquanto no mundo o número de casos caiu 11%, no Brasil houve aumento de 3%. A estimativa é que 827 mil pessoas estão vivendo com o vírus HIV no Brasil.
Também aumentou o número de jovens na faixa dos 15 aos 24 anos que contraíram o vírus HIV. Segundo o Unaids, 35% das 4.500 novas infecções ocorrem nessa faixa etária, o que corresponde a cerca de um em cada três casos.
Outra faixa etária em que se verifica um aumento dos casos de Aids é a dos idosos. No Estado de São Paulo, o acréscimo foi de 40%, o que revela um vida sexual mais ativa de pessoas acima dos 50 anos, que não estão tomando os cuidados preventivos necessários.
As campanhas atuais buscam não apenas a conscientização das pessoas, mas combater o preconceito, incentivar o diagnóstico e a necessidade de tratamento.
No Hospital Emílio Ribas, em São Paulo,10 mil pessoas estão fazendo acompanhamento no Prédio do Ambulatório. Já no prédio hospitalar, nas enfermarias, 70% das pessoas estão internadas em decorrência de problemas de saúde relacionados com a Aids.